segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Entre amores e beijos!!!

O beijo, de Auguste Rodin (1840-1917)
As sem razões do amor
Carlos Drummond de Andrade

Eu te amo porque te amo.
Não precisas ser amante,
e nem sempre sabes sê-lo.
Eu te amo porque te amo.
Amor é estado de graça
e com amor não se paga.

Amor é dado de graça,
é semeado no vento,
na cachoeira, no elipse.
Amor foge a dicionários
e a regulamentos vários.

Eu te amo porque não amo
bastante ou demais a mim.
Porque amor não se troca,
não se conjuga nem se ama.
Porque amor é amor a nada,
feliz e forte em si mesmo.

Amor é primo da morte,
e da morte vencedor,
por mais que o matem (e matam)
a cada instante de amor.

Nada melhor que começar o ano falando de um dos sentimentos humanos mais belos e desejados por todos, O AMOR. O amor que, como já expresso no próprio título do poema, tem razões e não tem razões para desejá-lo. Drummond, com essa ambiguidade proposital, faz-nos refletir sobre esse sentimento que nos envolve, que nos atrapalha, que nos confunde, mas ao mesmo tempo tão desejado.
Deixo para todos, também, a escultura do artista francês Auguste Rodin, que tão bem reflete uma das formas mais singelas e apaixonantes de expressar o amor: o beijo!

2 comentários:

  1. Vc tem tuda a razâo por emquanto
    fala do belo poema de Drumond de Andrade e acima a beleza de isa escultura de Agusto Rodin, bem que define ele beijo único e inesqueceivel do ser humano, por tanto desde longe um beijo para vc

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  2. Vou postar a colaboração que enviou. Depois dá uma chegada por lá.
    Beijo grande.

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