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quinta-feira, 8 de maio de 2014
sábado, 23 de fevereiro de 2013
Saudades!
Recordo ainda...
Mário Quintana
Recordo ainda... E nada mais me importa...
Aqueles dias de uma luz tão mansa
Que me deixavam, sempre, de lembrança,
Algum brinquedo novo à minha porta...
Mas veio um vento de Desesperança
Soprando cinzas pela noite morta!
E eu pendurei na galharia torta
Todos os meus brinquedos de criança...
Estrada afora após segui... Mas ai,
Embora idade e senso eu aparente,
Não vos iluda o velho que aqui vai:
Eu quero meus brinquedos novamente!
Sou um pobre menino... acreditai!...
Que envelheceu, um dia, de repente!...
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
A poesia purifica a alma!

Se eu Fosse um Padre
Mário Quintana
Se eu fosse um padre, eu, nos meus sermões,
não falaria em Deus nem no Pecado
- muito menos no Anjo Rebelado
e os encantos das suas seduções,
não citaria santos e profetas:
nada das suas celestiais promessas
ou das suas terríveis maldições...
Se eu fosse um padre eu citaria os poetas,
Rezaria seus versos, os mais belos,
desses que desde a infância me embalaram
e quem me dera que alguns fossem meus!
Porque a poesia purifica a alma
...a um belo poema - ainda que de Deus se aparte -
um belo poema sempre leva a Deus!
Mário Quintana
Se eu fosse um padre, eu, nos meus sermões,
não falaria em Deus nem no Pecado
- muito menos no Anjo Rebelado
e os encantos das suas seduções,
não citaria santos e profetas:
nada das suas celestiais promessas
ou das suas terríveis maldições...
Se eu fosse um padre eu citaria os poetas,
Rezaria seus versos, os mais belos,
desses que desde a infância me embalaram
e quem me dera que alguns fossem meus!
Porque a poesia purifica a alma
...a um belo poema - ainda que de Deus se aparte -
um belo poema sempre leva a Deus!
domingo, 6 de fevereiro de 2011
A bela metalinguagem!
sábado, 9 de outubro de 2010
Condição humana?!
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
Ouvindo poesias de Mário Quintana
QUINTANARES
Vídeo extraído do DVD "Quintana: Anjo e Poeta"
Direção geral: Gilberto Perin
Gerência de produção: Alice Urbim
Coordenação de produção: Zanza Pereira
Diretor responsável: Raul Costa Jr.
Realização: RBSN
Vale à pena conferir todo o DVD, que contém entrevistas, relatos, poemas, biografia, tudo isso com uma produção de emocionar.
terça-feira, 11 de maio de 2010
Às incertezas da vida...

Eu escrevi um poema triste
Mário Quintana
Eu escrevi um poema triste
E belo, apesar da sua tristeza.
Não vem de ti essa tristeza
Mas das mudanças do Tempo,
Que ora nos traz esperanças
Ora nos dá incertezas...
Nem importa, ao velho Tempo,
Que sejas fiel ou infiel...
Eu fico, junto à correnteza,
Olhando as horas tão breves...
E das cartas que me escreves
Faço barcos de papel!
Mário Quintana
Eu escrevi um poema triste
E belo, apesar da sua tristeza.
Não vem de ti essa tristeza
Mas das mudanças do Tempo,
Que ora nos traz esperanças
Ora nos dá incertezas...
Nem importa, ao velho Tempo,
Que sejas fiel ou infiel...
Eu fico, junto à correnteza,
Olhando as horas tão breves...
E das cartas que me escreves
Faço barcos de papel!
terça-feira, 27 de abril de 2010
A felicidade ao nosso alcançe!
segunda-feira, 8 de março de 2010
Mulher...

O chapéu violeta
Mário Quintana
Aos 3 anos:
Ela olha pra si mesma e vê uma rainha.
Aos 8 anos:
Ela olha para si e vê Cinderela.
Aos 15 anos:
Ela olha e vê uma freira horrorosa.
Aos 20 anos:
Ela olha e se vê muito gorda, muito magra,
muito alta, muito baixa, muito liso, muito encaracolado,
decide sair mas, vai sofrendo.
Aos 30 anos:
Ela olha pra si mesma e vê muito gorda,
muito magra, muito alta, muitobaixa, muito liso
muito encaracolado, mas decide que agora não tem
tempo pra consertar então vai sair assim mesmo.
Aos 40 anos:
Ela se olha e se vê muito gorda, muito magra,
muito alta, muito baixa, muito liso, muito encaracolado,
mas diz: pelo menos eu sou uma boa
pessoa e sai mesmo assim.
Aos 50 anos:
Ela olha pra si mesma e se vê como é.
Sai e vai pra onde ela bem entender.
Aos 60 anos:
Ela se olha e lembra de todas as pessoas
que não podem mais se olhar no
espelho. Sai de casa e conquista o mundo.
Aos 70 anos:
Ela olha para si e vê sabedoria, risos, habilidades,
sai para o mundo e aproveita a vida.
Aos 80 anos:
Ela não se incomoda mais em se olhar.
Põe simplesmente um chapéu violeta e vai se divertir com o mundo.
Talvez devêssemos por aquele chapéu violeta mais cedo!
Mário Quintana
Aos 3 anos:
Ela olha pra si mesma e vê uma rainha.
Aos 8 anos:
Ela olha para si e vê Cinderela.
Aos 15 anos:
Ela olha e vê uma freira horrorosa.
Aos 20 anos:
Ela olha e se vê muito gorda, muito magra,
muito alta, muito baixa, muito liso, muito encaracolado,
decide sair mas, vai sofrendo.
Aos 30 anos:
Ela olha pra si mesma e vê muito gorda,
muito magra, muito alta, muitobaixa, muito liso
muito encaracolado, mas decide que agora não tem
tempo pra consertar então vai sair assim mesmo.
Aos 40 anos:
Ela se olha e se vê muito gorda, muito magra,
muito alta, muito baixa, muito liso, muito encaracolado,
mas diz: pelo menos eu sou uma boa
pessoa e sai mesmo assim.
Aos 50 anos:
Ela olha pra si mesma e se vê como é.
Sai e vai pra onde ela bem entender.
Aos 60 anos:
Ela se olha e lembra de todas as pessoas
que não podem mais se olhar no
espelho. Sai de casa e conquista o mundo.
Aos 70 anos:
Ela olha para si e vê sabedoria, risos, habilidades,
sai para o mundo e aproveita a vida.
Aos 80 anos:
Ela não se incomoda mais em se olhar.
Põe simplesmente um chapéu violeta e vai se divertir com o mundo.
Talvez devêssemos por aquele chapéu violeta mais cedo!
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010
A necessidade de alcançar as estrelas!

Das utopias
Mário Quintana
Se as coisas são inatingiveis... ora!
Não é motivo para não querê-las...
Que tristes os caminhos, se não fora
A presença distante das estrelas!
Mais uma vez Mário Quintana nos apresenta uma visão simples, porém grandiosa das experiências e desejos humanos. Precisamos sempre não nos esquecer de que é preciso ter sonhos, mesmo que aparentemente irrealizáveis. E mesmo inatingíveis, alguns de nossos sonhos, o que seria de nós se não os tivéssemos? Para que, então, viver, se não há coisas pelas quais lutamos incansavelmente?
Boa reflexão!
Mário Quintana
Se as coisas são inatingiveis... ora!
Não é motivo para não querê-las...
Que tristes os caminhos, se não fora
A presença distante das estrelas!
Mais uma vez Mário Quintana nos apresenta uma visão simples, porém grandiosa das experiências e desejos humanos. Precisamos sempre não nos esquecer de que é preciso ter sonhos, mesmo que aparentemente irrealizáveis. E mesmo inatingíveis, alguns de nossos sonhos, o que seria de nós se não os tivéssemos? Para que, então, viver, se não há coisas pelas quais lutamos incansavelmente?
Boa reflexão!
sexta-feira, 22 de janeiro de 2010
A indiferença do olhar!

Jardim interior
Mário Quintana
Todos os jardins deviam ser fechados,
com altos muros de um cinza muito pálido,
onde uma fonte
pudesse cantar
sozinha
entre o vermelho dos cravos.
O que mata um jardim não é mesmo
alguma ausência
nem o abandono...
O que mata um jardim é esse olhar vazio
de quem por eles passa indiferente.
Mário Quintana
Todos os jardins deviam ser fechados,
com altos muros de um cinza muito pálido,
onde uma fonte
pudesse cantar
sozinha
entre o vermelho dos cravos.
O que mata um jardim não é mesmo
alguma ausência
nem o abandono...
O que mata um jardim é esse olhar vazio
de quem por eles passa indiferente.
terça-feira, 17 de novembro de 2009
Falando sobre si?!

Os artistas sempre usam sua arte para falar tanto de si mesmo quanto de sua produção artística. Parece que "dizer de si" é uma necessidade puramente humana, necessária para que possamos nos compreender ou nos fazer compreender pelo outro.
Aqui, um poema de Mário Quintana (1906-1994):
O Auto-Retrato
No retrato que me faço
- traço a traço -
às vezes me pinto nuvem,
às vezes me pinto árvore...
ás vezes me pinto coisas
de quem nem há mais lembranças...
ou coisas que não existem
mas que um dia existirão...
e, desta lida, em que busco
- pouco a pouco -
minha eterna semelhança,
no final, que restará?
Um desenho de criança...
Corrigido por um louco!
Aqui, um poema de Mário Quintana (1906-1994):
O Auto-Retrato
No retrato que me faço
- traço a traço -
às vezes me pinto nuvem,
às vezes me pinto árvore...
ás vezes me pinto coisas
de quem nem há mais lembranças...
ou coisas que não existem
mas que um dia existirão...
e, desta lida, em que busco
- pouco a pouco -
minha eterna semelhança,
no final, que restará?
Um desenho de criança...
Corrigido por um louco!
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
O amor entre palavras e silêncios...

BILHETE
Se tu me amas, ama-me baixinho
Não o grites de cima dos telhados
Deixa em paz os passarinhos
Deixa em paz a mim!
Se me queres,enfim,tem de ser bem devagarinho,
Amada,que a vida é breve, e o amor mais breve ainda...
Mário Quintana foi um dos mais belos poetas do século XX. Seus poemas encantam, entram
na alma, conversam com a gente.
Já o amor... O amor, sempre cantado pelos poetas, não poderia ter maior singeleza e sensibilidade como nesse belo bilhete de paixão!
Amemos, amemos, amemos!!!
Se tu me amas, ama-me baixinho
Não o grites de cima dos telhados
Deixa em paz os passarinhos
Deixa em paz a mim!
Se me queres,enfim,tem de ser bem devagarinho,
Amada,que a vida é breve, e o amor mais breve ainda...
Mário Quintana foi um dos mais belos poetas do século XX. Seus poemas encantam, entram
na alma, conversam com a gente.
Já o amor... O amor, sempre cantado pelos poetas, não poderia ter maior singeleza e sensibilidade como nesse belo bilhete de paixão!
Amemos, amemos, amemos!!!
quarta-feira, 29 de julho de 2009
A fugacidade do tempo

Ah, o tempo... Quando olhamos o agora, ele não parece conosco. O tempo muda tudo e quando percebemos não o aproveitamos como deveríamos. Esse tema é bastante caro aos poetas, aos artistas, porque fala do que é humano.
SEISCENTOS E SESSENTA E SEIS
A vida é uns deveres que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são 6 horas: há tempo...
Quando se vê, já é 6ªfeira...
Quando se vê, passaram 60 anos...
Agora, é tarde demais para ser reprovado...
E se me dessem - um dia - uma outra oportunidade,eu nem olhava o relógio.
Seguia sempre, sempre em frente ...
E iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas.
Mario Quintana ( In: Esconderijo do tempo)
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