quinta-feira, 8 de maio de 2014

Tempo, tempo, tempo, tempo...


Mais uma poesia noturna, de Pereira da Silva.

Reflexões

I

Que é nossa vida para a eternidade?
O átomo de um dia.
Dois instantes: - o da natividade
E o da última agonia.

II

Olhando essa extensão indefinida,
Este círculo ambiente,
Que espaço humano ocupa a nossa vida?
Sete palmos somente...

III

E, por tão pouco, por que prova rude
Passa o homem mais forte,
Para se libertar dessa inquietude
Pelas portas da morte!

(Pereira da Silva)