O Morcego
Augusto dos Anjos
Meia-noite. Ao meu quarto me recolho.
Meu Deus! E este morcego! E, agora, vede:
Na bruta ardência orgânica da sede,
Morde-me a goela ígneo e escaldante molho.
"Vou mandar levantar outra parede..."
- Digo. Ergo-me a tremer. Fecho o ferrolho
E olho o teto. E vejo-o ainda, igual a um olho,
Circularmente sobre a minha rede!
Pego de um pau. Esforços faço. Chego
A tocá-lo. Minh'alma se concentra.
Que ventre produziu tão feio parto?!
A Consciência Humana é este morcego!
Por mais que a gente faça, á noite, ele entra
Imperceptivelmente em nosso quarto!
Augusto dos Anjos, poeta paraibano, do início do século XX, não poderia criar uma imagem mais
intrigante e assustadora para simbolizar a consciência humana. Sempre que algo nos agride em nossa concepção de mundo e de vida, ou quando fazemos algo que consideramos errado, parece que não temos paz...
Vale a pena refletir...
Não coloquei imagem dessa vez, criemos a nossa!!!
Comentário sobre o exercício elaborado pela professora de literatura Gilsa Elaine.
ResponderExcluirAs abordagens descritas no exercício são muito esclarecedoras e com conteúdo compreensível para interessados em analisar o conteúdo que fora descrito durante o assunto em destaque, dando ênfase ao poeta e escritor oswald de Andrade através do poema estudado”canto de regresso a pátria”,ótimo para pesquisa escolar abraços a todos,
Por Ingrid Tavares
Professora Gilsa Elaine,
ResponderExcluirpor favor visite o meu blog:wwwcaetanoveloso.blogspot.com,fiz alguns consertos,obrigada pelas dicas
Um abraço,Ingrid Tavares
Muito Legal.
ResponderExcluirEle usa um ambiente totalmente diferente,
pra falar a "mensagem" do poema, que é a consciencia humana.
Humberto 9g
ela não pensa, mas faz e reproduz a cadeia do pensamento sem que nada a oriente, isto é, sem duvidas a consciência humana "o poema é totalmente fix e sugestivo, gostei"
ResponderExcluir