Romanceiro da Inconfidência
Romance LIII ou
Das palavras aéreas
Ai, palavras, ai, palavras,
que estranha potência, a vossa!
Ai, palavras, ai, palavras,
sois do vento, ides no vento,
no vento que não retorna,
e, em tão rápida existência,
tudo se forma e transforma!
Sois do vento, ides no vento,
e quedais, com sorte nova!
Ai, palavras, ai, palavras,
que estranha potência, a vossa!
Todo o sentido da vida
principia à vossa porta;
o mel do amor cristaliza
seu perfume em vossa rosa;
sois o sonho e sois a audácia,
calúnia, fúria, derrota...
A liberdade das almas,
ai! com letras se elabora...
E dos venenos humanos
sois a mais fina retorta:
frágil, frágil como o vidro
e mais que o aço poderosa!
Reis, impérios, povos, tempos,
pelo vosso impulso rodam...
A poetisa Cecília Meireles escreve com muita sensibilidade sobre o poder das palavras, o poder da própria poesia ao relembrar um período importante da nossa história: A inconfidência Mineira (século XVIII). Espero que gostem desses versos...
Romance LIII ou
Das palavras aéreas
Ai, palavras, ai, palavras,
que estranha potência, a vossa!
Ai, palavras, ai, palavras,
sois do vento, ides no vento,
no vento que não retorna,
e, em tão rápida existência,
tudo se forma e transforma!
Sois do vento, ides no vento,
e quedais, com sorte nova!
Ai, palavras, ai, palavras,
que estranha potência, a vossa!
Todo o sentido da vida
principia à vossa porta;
o mel do amor cristaliza
seu perfume em vossa rosa;
sois o sonho e sois a audácia,
calúnia, fúria, derrota...
A liberdade das almas,
ai! com letras se elabora...
E dos venenos humanos
sois a mais fina retorta:
frágil, frágil como o vidro
e mais que o aço poderosa!
Reis, impérios, povos, tempos,
pelo vosso impulso rodam...
A poetisa Cecília Meireles escreve com muita sensibilidade sobre o poder das palavras, o poder da própria poesia ao relembrar um período importante da nossa história: A inconfidência Mineira (século XVIII). Espero que gostem desses versos...
Gilsa, que lindo o site! Sabe que começo a acreditar que poesia nasceu para ser lida em voz alta na tela de um computador?
ResponderExcluirParabéns pleo blog! Estou bem orgulhosa de vc!
Adorei. Principalmente quando ela fala "Ai, palavras, ai, palavras,sois do vento, ides no vento,no vento que não retorna". Que uma vez dita, para sempre será lembrada, com tristeza ou felicidade.
ResponderExcluirGabriela Brito 9 ano E
Estou feliz de terem gostado!
ResponderExcluirAguardo as contribuições, leituras e trocas de experiências.Ah, valeu Gabriela, execelente leitura.
Um abraço!
Eu adorei esta letra,pois a poeta passa todos os seus sentimentos para o papel de uma forma bem cativante.
ResponderExcluirIsabelle Spinelli 9 ano B
Apesar de não ter muitas rimas, a poesia é muito bonita e cativante pois a autora espressa um sentimento muito interessante atraves da poesia. Parabens professora
ResponderExcluir- Gabriela Kühl
Gostei muito desse poema, principalmente da parte: "E dos venenos humanos sois a mais fina retorta: frágil, frágil como o vidro e mais que o aço poderosa", pois fala do valor e do poder das palavras de maneira bem poética.
ResponderExcluirEliomar Tomaz - 9° ano C
hmpf, continuo achando chato
ResponderExcluirO poema está muito belo e profundo, gostei bastante pois nos mostra o verdadeiro valor das palavras,exprime um sentimento muito forte através da poesia,é realmente muito bonito,me surpreendeu muito! Parabéns !!!!
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirMuito boa professora a postagem, frases marcantes!!!
ResponderExcluirJuliam Leite 9 ano C
Palavras profundas, esse poema é muito bom, mesmo que nao tenha rimas, possui sentimento, coisa que nem todos os poemas possuem. Parabéns professora
ResponderExcluirJuliana Medeiros
Texto muito lindo, em que as palvras são idolatradas.A parte mais bonita é quando ela diz: "Ai, palavras, ai, palavras,
ResponderExcluirque estranha potência, a vossa!" . A frae representa bem as palavras.Parabéns Professora, belo texto !
Marcella Rocha 9º ano C
Adorei a poesia professora, principalmente quando fala "Todo o sentido da vida
ResponderExcluirprincipia à vossa porta"
karolyne estrela 9 ano C
eu nao acho q palavras libertam pq n adiantam de nada se vc n sabe a lingua...
ResponderExcluirA poema está muito profundo, com palavras que tocam o interior de sua alma.
ResponderExcluirPela visão que tive, entendi que muitas vezes as palavras são tão profundas ou vazias que nos fazem pedir cada vez mais delas.
Larissa Noronha - 9º- B
Gostei muito do poema. Pela reflexão que fiz, as palavras é que dão sentido a vida. Elas são muito importantes, pois uma vez ditas não têm como corrigi-las, elas vão com o vento e não voltam mais.
ResponderExcluirPor: Taiane 9º F
A poesia é muito bonita e cativante, apesar de não ter muitas rimas. Gostei muito, Principalmente quando ela fala "Ai, palavras, ai, palavras,sois do vento, ides no vento,no vento que não retorna". A frase representa bem as palavras.Parabéns Professora, belo texto !
ResponderExcluirObrigada, gente! As poesias que posto revelam um pouco do que penso, do gosto, da visão que tenho sobre o mundo, sobre as pessoas e sobre mim mesma.
ResponderExcluirA poesia consegue dizer o indizível, não é mesmo?
Um abraço!
Gilsa,
ResponderExcluir"Eu canto porque o instante existe
e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste:
sou POETA."
Lembras?
Só a título de curiosidade:
ResponderExcluirCecília Meireles é uma das, senão a primeira brasileira a ler e assim contribuir para a propagação da obra de Fernando Pessoa em solo brasileiro, daí a grande influência dele na poesia dela.
Pensem nisso!!!
Fé no futuro, tirando o agora
ResponderExcluirVocê apenas não pode vencer essas guerrilhas mentais
Absolutamente em outro lugar nas pedras de sua mente
Sim, nós estamos jogando esses jogos mentais eternamente
Projetando nossas imagens no espaço e no tempo -John Lennon